O exame do Olhinho


Logo que saí da maternidade, fui orientada a fazer o exame do olhinho e tinha que ir ao especialista em retinopatia. Por isso procuramos e mais uma vez fomos orientados por Deus e encontramos o Dr. Antônio Morandine, maravilhoso médico, que teve muita paciência com essa mãe de primeira viagem, pois meus bebês eram tão pequenos e tinham que se submeter àquele exame tão invasivo. Chorei horrores nas primeiras consultas, mas Dr. Antônio sempre me explicava que era para o bem das meninas, que não doía.
As meninas foram avaliadas para ver se não tinham Retinopatia da prematuridade. Andressa e Rafaela pegaram logo alta, mas Mariana, que nasceu com menos de 2kg, tinha o fundo do olho esbranquiçado e veias que não cobriam o olho todo. Foi uma seção tão ruim ! Será que minha princesa não ira enxergar direito ?
Então Mariana teria que ser avaliada mensalmente, pois poderia ser que o olhinho continuasse a se desenvolver fora do útero. Mais uma vez Deus fez seus milagres na minha família, que a cada consulta o olho da Mariana melhorava um pouco mais. Acabou que Rafaela e Andressa também faziam esse acompanhamento junto com a irmã.
A partir dos 6 meses as consultas das meninas ficaram sendo trimestrais, e com 1 ano as consulta ficaram sendo semestral para Mariana e anual para a Rafaela e a Andressa .
Gente, uma dica: façam tudo que é orientado na saída da maternidade. Esses exames são muito importantes. Fui orientada a fazer também o exame do ouvidinho e nesse as três passaram com louvor :).

Os primeiros dias em casa


No dia 04/12/2010 levei meus tesouros para casa, nossa quanta alegria!!!, mas agora não tinha as enfermeiras para me ajudar. Afiii que medo ! Para piorar a situação, uma senhora que trabalhava comigo deste que havia me casado me deixou com menos de uma semana que as crianças haviam chegado em casa. Aí foi aquela correria para conseguir outra pessoa, um verdadeiro rodízio de gente em casa, todo dia tinha que ensinar a rotina da casa para uma pessoa diferente. Só que depois de algum tempo encontrei as pessoas certas para cuidar da minha casa e das minhas filhas, e que estão comigo até hoje.
Rezava para minha ex-cunhada Kathellen aparecer. Esse anjo tirou até férias para me ajudar, mas sobre a Kathellen farei um post exclusivo contando a história dessa linda e adorável moça.
Aos poucos fomos aprendendo a conhecer a cada dia um pouco mais Mariana, Rafaela e Andressa.
Com a relação à rotina que foi criada no quarto da maternidade a respeito das visitas, dos cuidados de higiene com minhas meninas e de todo resto, apliquei em casa da mesma forma.
Lembro dos inúmeros livros que li quando estava grávida, um ficou na minha memória foi “Mothern - Manual da Mãe Moderna”, devido a uma frase: “Tenha fé, o primeiro mês passa !”, na época que li o livro não entendi a complexidade desta frase, mas depois que tive as meninas concordo plenamente com ela. Além disso, o livro era muito bom, ria horrores ! Esse livro foi emprestado pela minha queria amiga Cláudia Bandeira ... Afi amiga, até hoje não lhe devolvi, mas quando vc aparecer lá em casa lhe entrego.
Retornando ao assunto: Gente, esse primeiro mês deve ser um sufoco para todas as mães, mas para mim que tinha 3 foi um pouco mais complicado esse processo de adaptação, as noites em claro cuidado dos bebês, as cólicas, a amamentação, enfim parecia um “Zumbi” ou “urso panda” - uma expressão que li blog da Camila “Mamãe ta ocupada!!!”, que amei, mas não se desesperem esse mês realmente passa e depois a gente só lembra das coisas boas.
Exemplo das coisas maravilhosas que você lembra depois: você saber que é capaz de gerar uma vida, no meu caso três vidas e ao mesmo tempo, olhar minhas meninas, sentir o cheiro delas, ver como Deus faz obras maravilhosas na nossa vida, pois tinha me enviado 3 lindos tesouros, cheias de saúde, perfeita, ver a família se unindo cada vez mais, acho que isso que faz a maternidade valer apena.
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No quarto da Maternidade


No quarto da maternidade foi ótimo ! Realmente aprendi a cuidar das minhas filhas, a dar banho, trocar, fazer a higiene e tudo mais. As enfermeiras treinaram a mim e à minha mãe. Agora me sentia segura de levar minhas filhas para casa.
Lá não podia ter muitas visitas, mas essa regra não foi bem respeitada. Todo mundo queria ver as meninas. Então foi feito assim: quem estava doente não visitava mesmo, mas quem estava bem de saúde, lavava as mãos, passava álcool gel 70% e usava máscara. Bom, nisso fui bem rigorosa. Não pude receber flores pois podia fazer mal para as crianças. Então, nada de flores no quarto.



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UTI - Parte 2


Quem foi que disse que mãe com crianças na UTI tem resguardo ? Imagina que com três crianças para cuidar, não parava quase nunca no meu apartamento. Só ia lá para comer e voltava para ficar numa salinha que tinha ao lado da UTI, chamada “cantinho do leite”.
Tive muitos problemas para alimentar minhas filhas só com o seio, primeiro porque elas nasceram muito pequenas e suas bocas eram muito pequenas para o tamanho do bico do meu seio e também não podiam se cansar muito pois podiam perder peso e isso poderia atrasar suas saída da UTI intensiva. Então eu tirava leite e elas tomavam através de sonda. Depois elas foram para UTI semi-intesiva, onde o horário de visita era mais flexível. Lá, elas sem aparelho para respirar, tinham que apreender a mamar para pegar alta, só que já estavam acostumadas com a comida fácil da sonda e como eu não tinha muito estimulo delas, não conseguia produzir leite para as três.
Pessoal, elas mamavam de duas em duas horas. No início dos primeiros dias 2ml, depois 8ml, no dia seguinte 20ml, nos últimos dias 40ml. Pensa que isso multiplicado por 3, Haja leite ! No inicio era o meu leite mais o leite do banco de leite. Depois era o meu leite, banco de leite e leite industrializado e, pior ainda, deram leite industrializado na mamadeira. Mas mesmo assim persisti na amamentação, pois mais uma vez queria dar o melhor para Mariana, Rafaela e Andressa.
Fiz assim que eu fiz: uma mamava no peito e as outras duas eu tirara o leite para colocar na mamadeira. Mas fui orientada a não tirar leite com “bombinha elétrica para tirar leite”, pois o bico poderia ficar maior ainda, e ai que as meninas não iam conseguir mamar. Então ordenhava manualmente. Passava o dia inteiro tirando leite.
Lá no “Cantinho do Leite” conheci mães maravilhosas, que tinham seus filhos há mais tempo internados na UTI. Essas super mães que me ensinaram como tirar leite e como funcionava a rotina do hospital. Na verdade ela me deram uma lição de vida, mesmo naquela situação complicada que é ter filhos internados na UTI. Sempre muito alegres, solidárias e prestativas, nós nos chamávamos “amigas do Peito”. Com algumas mantenho contato até hoje.
Finalmente chegou o dia de elas terem alta (9º dia UTI). Ninguém tinha me avisado que elas teriam alta naquele dia. Fiquei louca, pois não sabia como cuidar delas ! Então falei com a médica responsável pela UTI, que me mandou para o apartamento para me ambientar com as crianças. 

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UTI


No dia seguinte lá estava eu me arrastando pelo hospital. Lá ia eu com o dreno, toda doída da cirurgia. Como mencionei no post anterior, tive um problema de sangue na urina. Meu obstetra me contou depois do parto que meu rim havia parado em consequência de minhas princesas estarem tão grandes para minha barriga, que esmagaram o pobre do rim. Graças a Deus e ao Dr. Lourivaldo Rodrigues, tudo voltou ao normal. Por isso andava com um dreno pela maternidade.
Logo cedo estava na UTI, só que não pude ver minhas filhas. Só ficava olhando por uma micro janela que tinha na porta da UTI, pois tinha horário para visita, que era realizada somente 2 vezes por dia, por 1 hora cada. As meninas estavam na UTI intensiva, pois necessitavam ter uma ajudinha para respirar nas primeiras horas, mas depois ficaram somente com aqueles “capacetes”. Elas eram tão pequeninhas e tão furadinhas, era uma dó de ver!!! Mas eram tão guerreiras !
A Rafaela também teve que fazer banho de luz, pois tinha nascido com um pouco de icterícia.
Nessa UTI intensiva os avós podiam visitar nas sextas e segundas, na parte da manhã, e na primeira oportunidade lá estava vovó Tilde e vovó Raimundinha para ser suas netinhas.
Lembro de minha sogra e minha mãe mencionar: “Tadinha da Rafaela ! Tem que fazer mais canguru nela para ela ficar mais fortinha, tão fraquinha !”. Agora tem que ver a meninona mais fofa que ela se transformou .

O dia que Mariana, Rafaela e Andressa nasceram


No dia 24/11/2010 pela manhã quando fui fazer “xixi” vi que ele estava muito escuro. Então disse para o marido: “vida, tem alguma coisa errada comigo”. Até então minha gravidez tinha sido um sucesso, sem infecção urinária, glicose controladíssima, pressão arterial normal. Pensei comigo: “acho que hoje irei conhecer minhas filhas”.
Nasceram então as minhas amadas filhas que também são as primeiras e únicas netas até o momento. Nossa, quanta emoção ! Como foi maravilhoso conhecer aqueles rostinhos tão lindos, esperados e desejados !
Sou muito grata a Deus e Nossa Senhora por terem me enviado essas três bençãos, pois são crianças maravilhosas, perfeitas, saudáveis e muito lindas.
Tive as meninas com 33 semanas e 4 dias, mas as mesma foram avaliadas 35 semanas e 6 dias isso foi mas uma benção de Deus na minha vida e da minha família, isso significa menos tempo de internamento na UTI.
Quase não vi minhas meninas na hora do parto, pois foi tudo muito rápido, primeiro veio minha linda Mariana, mais conhecida como “lolo”, pois era /é loirinha, estava de olhinhos abertos, coisa mais linda de viver, dois minutos depois, veio a Rafaela parecia uma oriental com aqueles olhinhos puxado e cabelo preto e liso, só que bem morena ficou sendo chamada de “preta”, para os mais íntimos “preta petinha” e dois minutos depois veio a minha boneca Andressa tinha os cabelinhos castanho claro, olhos pareciam duas lindas “petecas” essa estava enrolada no cordão umbilical, estava atravessada na minha barriga, maridinho conta que foi difícil tirá-la, ela não ficou com o apelido de morena, e sim “dede”. Só fiz olhar para cada uma rapidamente foram levadas para avaliação e depois para UTI, pois tinha nascido pré-maturas.

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Maridinho estava lá na hora do parto, morria de medo de alguém roubar minhas filhas no hospital, agente escuta cada coisa nessa vida. E meus familiares todos lá fora para olharem minhas filhas.

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Vcs deve estar se perguntando como eu sabia quem era quem, bom antes do parto avise para o Dr. Lourivaldo Rodrigues e sua equipe que estava esperando o MAR, iniciais das minhas princesas, respectivamente Mariana, Andressa e Rafaela e suas posições ai na hora do parto foi fácil identificar os meus tesouros.
As meninas nasceram com peso e altura : Mariana (1995g e 46 cm), Rafaela (2030g e 45,5) e Andressa (2070g e 44cm).
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Só tem uma coisa que me deixou muito triste: no dia do meu parto uma pessoa sem coração roubou a máquina fotográfica que continha os últimos dias de grávida, as fotos antes de eu entrar na sala de parto com os familiares e amigos e principalmente as primeiras fotos das minhas filhas. Para quem me conhece, sabe que não podiam me fazer mais mal à minha pessoa, pois sou apaixonada por fotografia, e como tive trigêmeas e não planejo ter mais filhos, nunca vou ter aquela foto como o bebê após o parto com a mãe :(:(:(. Fiquei tão triste... não custava nada ter devolvido pelo menos o cartão de memória.