Amamentação como foi lá em casa...

Para comemorar a semana de amamentação resolvi contar como foi minha experiência.
Sempre tive muita vontade de amamentar pois sabia da importância do leite materno para a criança, para a mãe, para o vínculo de mãe e filho etc.. Quando soube que estava grávida de trigêmeas pensei: chiii, não irei poder amamentar. Mas antes de desistir resolvi me informar melhor. Então fui ao banco de leite da minha cidade que ficava dentro do Instituto da Mulher e falei com um especialista em amamentação. Ele me deu dicas ótimas de pegar, de posição etc.
Então achei que daria conta, só que a teoria foi bem diferente da prática. Tive muitos problemas para alimentar minhas filhas só com o seio, primeiro porque elas nasceram muito pequenas e suas bocas eram muito pequenas para o tamanho do bico do meu seio e também não podiam se cansar muito pois podiam perder peso e isso poderia atrasar suas saídas da UTI neonatal intensiva. Então eu tirava leite e elas tomavam através de sonda. Depois elas foram para UTI semi-intesiva, onde o horário de visita era mais flexível. Lá, elas sem aparelho para respirar, tinham que apreender a mamar para pegar alta, só que já estavam acostumadas com a comida fácil da sonda e como eu não tinha muito estímulo delas, não conseguia produzir leite para as três.
Nossa! como comemorei quando consegui encher meu primeiro vidro de leite. Como vibrei quando elas mamavam em mim.
Pessoal, elas mamavam de duas em duas horas. No início dos primeiros dias 2ml, depois 8ml, no dia seguinte 20ml, nos últimos dias 40ml. Pensa que isso multiplicado por 3, haja leite ! No início era o meu leite mais o leite do banco de leite. Depois era o meu leite, banco de leite e leite industrializado. Mas mesmo assim persisti na amamentação, pois mais uma vez queria dar o melhor para Mariana, Rafaela e Andressa.
Era assim que funcionava a alimentação das meninas: uma mamava no peito e as outras duas eu tirava o leite para colocar na mamadeira. Mas fui orientada a não tirar leite com “bombinha elétrica para tirar leite”, pois o bico poderia ficar maior ainda, e aí que as meninas não iam conseguir mamar. Então ordenhava manualmente. Passava o dia inteiro tirando leite. Meu marido me ajudava muito, ele também me ordenhava.
Fizemos uma tabela que continha todas as informações das meninas: quem tinha comido, quem tinha feito cocô e como era o cocô, quem tinha feito xixi (e como era) , quem tinha tomado remédio, a quantidade do remédio, quem tinha mamado no peito, quem tinha mamado na mamadeira (leite da ordenha, leite industrializado)- porque na outra mamada fazia rodízio.

Com relação ao leite industrializado, a alimentação delas tinha que ser com emoção :) senão não tinha graça. Então cada menina tomava o leite diferente:

Mariana teve problema de refluxo, então tínhamos que ficar com ela em pé, mesmo depois de ela ter arrotado, pois senão ela colocava tudo que tinha comido, isso porque ela tomava leite especial para refluxo (NAN AR), ainda tomava remédio para o problema, às vezes segurávamos ela por horas. Quando a gente colocava ela sentada ou deitada colocava tudo que tinha comido para fora, dava um desespero tão grande.
A Andressa tinha problema para fazer cocô. Algumas vezes precisei usar supositório, mas aquilo era tão sofrido para mim e para ela que disse NÃO àquilo e fui buscar um meio natural. Então trocamos o leite dela (NAN para Nestogeno) e começamos a usar suco da ameixa em todas as mamadas.
Rafaela tomava NAN normal.

Amamentei até 3 meses e meio nesse esquema de rodízio, aos poucos as meninas foram deixando de mamar no peito: primeiro a Rafaela (Adorava o leitinho fácil da mamadeira), depois a Mariana e por último a Andressa (era tão fofa minha comprida nessa época).
Amamentação para mim não foi tão prazerosa como para as maioria das mães, com muitas crianças ao mesmo tempo, tinha sempre muita gente em casa, muita falação, então eu não tinha meu cantinho sossegado para curtir as meninas, sempre preocupada em retirar o leite para outro bebê, além do que estava amamentando, mas tenho certeza que fiz o meu melhor com as condições que tinha.

Mariana

Andressa

Rafaela
Primeira ordenha da tri-mãe

4 Amamos seus comentários:

  1. Que legal seu relato amiga, muito emocionante saber que mesmo com dificuldade você persistiu!!!

    ResponderExcluir
  2. Nossa, você é uma guerreira.
    As dificuldades foram muitas mas você persistiu e o mais importante é isso.
    Beijos

    Te convido a participar do sorteio de 2 DVD's da Bebê Mais.
    http://viniciusmamaequedisse.blogspot.com.br/2013/08/1-sorteio-bebe-mais.html

    ResponderExcluir
  3. Pelamor, você é uma super heroína! Por muito menos as pessoas deixam de amamentar... Olha, guarde bem esse depoimento para essas meninas lerem no futuro!
    Bjs

    ResponderExcluir
  4. Desirée
    vc realmente merece minha admiração. Que batalha! Eu amamentei um, fiquei magra de dar dó, não dormia e não fazia nada além de dar o peito pro moleque, depois botar pra arrotar e daqui a pouco já era hora de mamar de novo. Qdo voltei a trabalhar, depois de 4 meses, passei a fazer a ordenha manual tbm, odiava a maquininha.

    que bom que tudo passa! Agora, só alegria.

    Um beijão pra vcs todas.

    ResponderExcluir

Deixe seus comentários, adoramos recebê-los.

Caso queria entrar trocar uma idéia meu e-mail : desireetapajos@yahoo.com.br

Tri-beijos Desirée, André. Mariana, Rafaela e Andressa